Não é simples fazer a análise a este filme. Isto porque quando saí da sala de cinema não conseguia afirmar se tinha gostado ou não do filme.
Durante a sessão pude verificar que a génese do filme se divide em dois conceitos principais.
O primeiro referente a uma “experiência” que correu mal e levou à iminente extinção humana, deixando uma parte da população “alterada” e cheia de fome. Esse conceito já tem sido explorado noutros filmes e em alguns com um melhor resultado, como por exemplo em 28 Days Later.
O segundo conceito é aquele que centra as atenções num (suposto) único sobrevivente após o acidente e a sua luta pela sobrevivência (quer física, quer mental). E penso que é neste segundo conceito que o filme consegue marcar alguns pontos.
Por um lado a narrativa em torno dos “Noctívagos” não traz nada de novo e para além disso abusaram nos efeitos especiais, o que em última instância teve como resultado final uns “Zombies” muito artificiais e nada credíveis (se é que se pode falar em credibilidade neste tema). Mas por outro lado foi interessante acompanhar a luta diária de Robert Neville (Will Smith) acompanhado por Sam, a sua fiel companheira canina. Foi especialmente interessante assistir à sua tentativa de manter a sanidade mental, após 3 anos de solidão a fugir dos “Noctívagos” tentando ao mesmo tempo descobrir uma cura bem como descobrir outros sobreviventes.
O filme, em consequência da junção destes dois conceitos principais, acaba por ter variações bruscas, já que tanto há uma sequência calma e quase melancólica como logo a seguir aparece algo de repente (na tentativa de provocar o chamado “salto na cadeira”). Quanto a mim vale essencialmente pelas excelentes interpretações, tanto do Will Smith como da Abby (Sam a fiel companheira). Por isso dou-lhe 3 estrelas (com alguma boa vontade).
P.S. – Para mim a sequência mais forte do filme acontece sensvelmente a meio, no dia de aniversário do Robert Neville (e que dia de aniversário!!). A foto em cima é uma das cenas dessa sequência…
4 comentários:
Concordo com a tua opinião, também achei o filme assim assim. Acho que tinha muito potencial, mas acabou por não ser bem aproveitado. Confesso que me deu sono em muitas partes :)
Tens razão Canochinha, o filme tinha potencial para ser muito melhor, mas infelizmente não foi bem explorado.
Acabei por descobrir que já tinham sido feitas outras duas adaptações cinematográficas do livro. Em 1964 e 1971...será que foram melhores essas adaptações?
Não sei! Uma coisa é certa: o livro do Richard Matheson (que ainda não li) é uma referência para diversos escritores, incluindo o Stephen King... Por isso não deve ser mau :)
Bom, se é uma referência para o Stephen King então deve ser bom com certeza! Quem sabe um dia passe os olhos por tal obra...
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